12 de novembro de 2008

Imparcialidade no jornalismo

Oiii gente! Queria agradecer novamente aos comentários, principalmente a quem eu mandei e-mail e que retribuiu! Obrigada mesmo, estão me ajudando bastante e, para ser sincera, estou achando esta experiência bem legal, porque minha Iniciação Científica é sobre blogs e é muito bom ver as pessoas interagindo com minhas ideías assim, mesmo as que não são do ramo.
Agora sobre esta história de jornalismo ter que ser imparcial, acredito que, se fosse possível, isto seria o correto. Só que tem um pequeno detalhe, que deve ser lembrado por leitores e jornalistas: quem está fazendo a matéria é uma pessoa também! O que isso significa? Simples: que qualquer ser humano tem um jeito único de ser, pensar e tem uma bagagem diferente dos outros. Ou seja, não importa o quanto se tente a imparcialidade a opinião do autor sempre irá prevalecer, mas implicíta. E é aí que está o problema.
Ao colocar seu ponto de vista da história e não deixar isto claro, o leitor se deixará manipular acreditando na credibilidade da notícia e no compromisso com a imparcialidade. Isto impede que as pessoas abram os olhos e também impede que o jornalista tenha sua opinião reconhecida.
Sinceramente, acho que se as opiniões fossem explícitas na mídia isto seria muito mais justo, o leitor não seria enganado. Ao contrário, só sairia ganhando, porque analisaria os pontos de vista de diferentes pessoas para ter sua própria opinião, aumentando assim o seu senso crítico. E quem sabe deste modo, ele não mais se deixaria manipular pelos meios de comunicação de massa, pois teria uma ideía formada sobre os mesmos.

11 de novembro de 2008

Proibição de escutas jornalísticas

Oi pessoas... tudo bem? Então, hoje postei meio correndo o texto sobre a Desinformação de Ramonet, que por sinal acho bem mais interessante do que este de agora. Só queria agradecer a vocês que estão me ajudando nesse trabalho através dos comentários e interação, valeu mesmo a ajuda! É bem legal ver depois a opinião das pessoas sobre cada um dos temas que colo aqui. Para continuar, o texto a seguir fala sobre uma proibição jornalística muito debatida, e bem polêmica. BeijOs e até amanhã =]
"O Ministro Nelson Jobim fez uma proposta para que haja uma lei proibindo grampos que não possuam autorização judicial. Nessa sugestão, inclui-se a proibição de escutas jornalísticas, influenciando diretamente na prática de um jornal.
O único modo de detectar realmente a verdade, para que a mesma possa ser transmitida ao público, é através de grampos e flagrantes, nos quais há a intenção de surpresa, ou seja, os interceptados não devem tomar conhecimento do caso.
Fica claro que essa lei só foi sugerida porque afeta diretamente autoridades importantes, que poderiam decidir se uma escuta deve ser instalada ou não. Afinal, se estiver nas mãos desses escolher por um grampo, eles nunca autorizariam isso em si próprios, ou sempre estariam conscientes de que isso estaria acontecendo, safando-se das acusações e suspeitas.
O fato é que o grampo é essencial na tarefa de um jornalista, principalmente no jornalismo investigativo. Proibir ou estipular os casos em que isso deve ocorrer somente tira a liberdade de imprensa que temos direito e pela qual tanto se lutou. Principalmente porque, com essa lei, descobrir a verdade passa a se tornar um crime. E a mentira é o grande valor que o Brasil passará a transmitir, assim como passará a ensinar a ocultar fatos importantes de sua nação."

A Desinformação de Ramonet

Esse dias fiquei me perguntando se os meios de comunicação de massa ao menos têm idéia do que estão fazendo com nossa sociedade.
É muito simples perceber que uma coisa leva a outra – basta analisar o caso Isabella (a menina supostamente atirada pela janela pelo pai e pela madrasta). Após a divulgação e o sensacionalismo em cima da tragédia, foi comprovado que o número de assassinatos e suicídios que incluíam janelas aumentou consideravelmente. Provavelmente é a mídia também que influencia a criação de jogos eletrônicos e filmes extremamente violentos, já que os criadores desses verificam que a audiência daqueles aumenta quando a violência vem à tona.
O povo tem prazer (sim, prazer!) em ver a desgraça alheia. Gostam de ver cadáveres, de explorar as tragédias como se fossem algo extremamente normal, sem perguntar aos familiares se eles gostam de ver a foto ou o vídeo da vitima exposta em meios de comunicação. Ninguém pára para pensar que foi uma vida que se perdeu, alguém de carne e osso, que tinha sentimentos.
E apesar da intenção da mídia de sensibilizar a população com a desgraça, o sensacionalismo é tão grande e constante que acaba por tornar as pessoas insensíveis, através da quantidade de informações que são jogadas sobre elas. Isso só confirma a teoria de Ramonet da “Era da Desinformação”, na qual acontece a Entropia do Sistema, conceituada por uma quantidade tão grande de informações que impossibilitam a diferenciação entre uma e outra.
É óbvio que a divulgação da violência é necessária, mas enquanto o sensacionalismo perdurar, a mídia só fará dar idéias e aumentar os casos de violência. Se as pessoas não mudarem sua consciência, quem sabe “aonde esse mundo vai parar”?